Fora ficam os covardes

Um covarde nunca fica sem opção
Os caminhos do covarde
São muitos e variados


Seus caminhos de “salvação”
Por assim dizer, são largos
E absurdamente cheios de atalhos


Uma coisa comum a todo covarde
Marca e sinal explícito da covardia deles
É que eles, mentirosos e oportunistas por natureza
Sempre rápidos e ages na fuga, não possuem
Nem no corpo – nem na alma -, feridas de guerra


Vivem e morrem - que tragédia! 
Sem conhecer o medo, a depressão 
Ou o desespero diante das lutas da existência
Estão, por assim dizer, sempre gordos, felizes
E protegidos das dores e aflições dos outros homens


Nas guerras onde os outros morrem e são feridos de morte
Eles escapam sempre ilesos, sem traumas, sem feridas
E sem histórias de bravura, esperança, fé e honra 
Para sonhar, relembrar, falar e contar...



O homem covarde sempre nos desaponta
Pela sua constante ausência de coragem
Diante das lutas que a vida requer
Num mundo em convulsão
Para existir e continuar existindo
Com a consciência íntegra e em paz
No meio de uma comunidade digna
De homens igualmente livres e em paz


Os valentes que enfrentam e não fogem das lutas da vida
Feridos de morte e traumatizados pela fúria da guerra 
Olham para eles - gordos, felizes e salvos
E se sentem absurdamente desconfortáveis
Sentem-se como se estivessem diante de vermes
Que roem, lambem e chupam o sangue de cadáveres
Não há honra, fé, esperança ou verdade neles
São ocos e sem boas histórias para contar
Passar o tempo com eles, é perda de tempo
A vida deles não inspira nem consola a nossa vida


Sim, o olhar sempre vazio dos covardes
Gente que foge das lutas e dores da vida
E abandona os seus irmãos de sangue e armas
Diante da fúria do inimigo feroz e insaciável
Tem algo de insalubre podre, nojento e depravado
Que incomoda e repugna a alma das pessoas de bem


Com efeito, um homem sem cicatrizes de guerra
Um indivíduo que não olha as trevas de frente
Mas que bate em retirada ao primeiro disparo
Não é bem acolhido na confraria dos guerreiros
Sim, definitivamente, não existe amizade 
Entre leões e ratos...


Que coisa medonha é a sina de um covarde
Um destino terrível e definitivo o aguarda
Afinal, ele não poderá escapar para sempre


Diz-se da Cidade de Deus, que os covardes
Acompanhados por uma multidão incontável
De gente terrível, mentirosa e abominável
Não se aproximarão, nem entrarão nela


Eternamente vagando longe da rica e permanente fonte de vida
Recompensa da graça de Deus, para aqueles bravos homens de fé
Que não fugiram das lutas da vida, nem se deixaram vencer
Pelas ameaças, perseguições, dores e aflições do mundo
Mas a custo da própria vida, movidos pela fé em Deus
Permaneceram inabaláveis na frente de batalha
Lutando até o fim e tombando sem recuar
Em nome de uma verdade maior e melhor do que eles
O lugar dos covardes, largados na escuridão sem fim
Será - eternamente - no lago que arde com fogo e enxofre...


Sim, um covarde nunca fica sem opção...
Pelo menos..., até o dia do grande juízo
Quando todas as opções de fuga
Definitivamente, chegarão ao fim
E cada um, querendo ou não
Terá que enfrentar o seu destino final...
_VBMello
*
Sangue e Honra : Foto James Purefoy, Jonathan English

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